Nascidos no ciclocross, eles também detonam na estrada e no mountain bike.

Na França, um dos países mais tradicionais do ciclismo, o ciclocross é visto como uma atividade nostálgica, um esporte pra se praticar no inverno, criado em tempos em que os profissionais não viajavam para treinar em lugares mais quentes. Mas uma geração de jovens atletas surgidos na modalidade está mudando o cenário.Estes superciclistas são extremamente preparados e habilidosos, prontos pra encarar qualquer modalidade da bike. O principal exemplo atualmente é o holandês Mathieu van der Poel, que impressiona o mundo nos circuitos enlameados de ciclocross, na estrada e no mountain bike. Mas ele não é o único: ao longo da história, o ciclocross serviu de base para forjar atletas incríveis como Julian Alaphilippe e a Pauline Ferrand-Prévot. Conheça abaixo Van der Poel e mais duas bikers nascidos pela mesma trilha.


Mathieu van der Poel

Combinar as temporadas de diferentes modalidades no mais alto nível, tudo ao mesmo tempo, é façanha somente para o holandês de 26 anos, o ciclista mais talentoso da atualidade. Recentemente, MVDP adicionou à sua lista de grandes vitórias o título da clássica Strade Bianche 2021, poucas semanas depois de derrotar o velho rival Wout van Aert para conquistar seu quarto título mundial de ciclocross em Ostend, na Bélgica.Mas o que torna Mathieu Van der Poel um superciclista? Em parte, a genética: o avô Raymond Poulidor e o pai, Adri van der Poel, explicam o DNA do ciclismo. A isso, soma-se um espírito competitivo implacável. "Mathieu sempre quis ganhar, em qualquer lugar, o tempo todo. Seja no PlayStation ou no Banco Imobiliário, ele não pode terminar em segundo", conta o irmão mais velho (e também ciclista), David van der Poel. O holandês vai ao Japão este ano para tentar a medalha de ouro no moutain bike. Será um duro rival do brasileiro Henrique Avancini.


Fazer todas as modalidades ao mesmo tempo é natural pra mim

Mathieu van der Poel


Evie Richards


A britânica de 24 anos descobriu o amor pelo ciclismo em 2013, quando trocou de vez o hóquei de gelo pelas bikes. Seu início no ciclismo competitivo foi relativamente tarde, mas muito intenso, competindo em eventos de ciclocross e mountain bike. Aos 18 anos, venceu o Campeonato Mundial Júnior de Ciclocross, vitória que diz ter confirmado pra si mesma que este era seu esporte.O talento e a paixão de Evie Richards pelo ciclismo nasceram na montanha, influenciada pelo pai durante a infância em Malvern Hills, na Inglaterra, perto da fronteira com o País de Gales. Com isso, pedalar em meio à natureza sob qualquer condição fez parte da sua formação.A britânica hoje é bicampeã mundial júnior de ciclocross e colocou no peito a prata do mountain bike cross country nos Commonwealth Games de 2018, os Jogos da Comunidade Britânica. Evie cresce a cada ano na Copa do Mundo de MTB e está cada vez mais perto do pelotão da frente entre as atletas de elite. 


Tom Pidcock

Com apenas 21 anos, o britânico já tem uma montanha (desculpe o trocadilho) de títulos mundiais em categorias sub-23: no ciclocross, na estrada e nas categorias cross country e E-MTB do mountain bike. A ascensão ao topo do ciclismo foi uma evolução natural. Desde os 14 anos, Tom Pidcock se alterna entre as várias disciplinas e chegou ao topo de todas elas ainda como júnior."Sempre aprendi a ganhar corridas de outras formas, não sendo o mais forte, porque sempre fui o menor e o menos desenvolvido fisicamente. Acho que ainda estou evoluindo. Estou tomando meu tempo para tirar todo o potencial de mim mesmo", explica Tom. 

Para saber mais informações RedBull

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